quarta-feira, 13 de outubro de 2010

REPRODUÇÃO

A grande maioria dos peixes são ovíparas ou seja, a fêmea libera os ovos que são rapidamente fecundados pelo esperma ativo do macho, outros possuem fecundação interna, como os peixes viviparos. A cor tem uma função muito importante na reprodução dos peixes, sendo que os machos possuem a coloração mais forte do que as fêmeas, na maioria dos casos.

Entre os peixes ovíparos, estão os que liberam ovos e os que contrõem ninhos.

Peixes que liberam ovos
Depois de formado um casal ou um grande grupo de peixes, estes simultaneamente soltam os ovos na água que são rapidamente fecundados pelo esperma dos machos. O número de ovos geralmente é grande pois a mortalidade entre os alevinos é grande e ainda correm um sério risco de serem devorados pelos pais e por outros peixes. Os ovos neste tipo de reprodução chegam facilmente à casa dos milhões em algumas espécies. Alguns peixes que se enquadram nesse perfil são os Tetras.

Peixes que controem ninhos
Depois do namoro e formação dos pares (a maioria das epécies é monogâmica), o macho geralmente contrói um ninho que pode ser feito de um buraco escavado por ele no substrato e depois limpo pelo casal. É aí que a fêmea põe os ovos que são vigiados pelos pais que se tronam um tanto agrassivos, impedindo com grande ferocidade a aproximação de intrusos. Os peixes que constroem ninhos no substrato ou pedras, geralmente pertencem`à família dos ciclídeos como o Óscar, a Zebra etc.

Outros peixes como o Betta, pertencente à família dos anabantídeos ou labirintídeos, constroem ninhos de bolhas (feito com a saliva do macho). Depois de feito o ninho, o macho atrai a fêmea e a envolve num anel chamado de abraço nupcial, é depois desse abraço que a fêmea libera os ovos que são rapidamente recolhidos pelo macho e colocados no ninho.

Após a desova o macho expulsa a fêmea do local e fica vigiando a cria. Entre os peixes que constroem ninhos de bolhas estão o Betta, o Beijador, Tricogasters, Colisa, Peixe do Paraíso e etc, que pertencem a família dos anabantídeos.

A desova dos peixes que constroem ninhos também tem um número bastante extenso mas o fato de estarem aglomerados, facilita a fecundação e a sobrevivência é maior devido ao cuidado dos pais, por isso pode ser um pouco menos que no caso dos demais.

Mas nem todas as espécies de peixes se reproduzem da mesma forma. É certo pensar que a maioria das espécies é ovípara mas existem algumas exceções. Neste caso, estamos falando principalmente dos peixes que pertencem à família dos Poecilídeos (Lebistes, Platis, Molinésias, Espadas, Gupies, etc.).

Esses peixes são vivíparos, tendo um dimorfismo sexual bem acentuado. Geralmente as fêmeas são maiores que os machos (cerca de 20%), e não são tão bonitas quanto eles que por sua vez são mais coloridos e atraentes. Os machos possuem uma forma modificada de nadadeira anal (gonopódio), que atua como órgão copulador.

As fêmeas são capazes de guardar o esperma ativo dos machos no ovioduto o que explica a sua reprodução sem a presença do macho para uma nova cópula. A cada cópula as fêmeas não utilizam o esperma reservado, mas sim o da cópula presente. Nesse tipo de reprodução, os óvulos são fertilizados no interior do corpo da fêmea, onde os filhotes recebem também os nutrientes necessários direto da corrente sanguínea da mãe. Os filhotes rompem então a membrana do ovo ainda dentro da mãe e se dirigem para a região urogenital da mesma na hora do nascimento. Em algumas espécies a gestação das fêmeas dura de 20 a 30 dias. Mas é bom deixar claro que não existe nenhuma espécie de placenta nesses peixes.

Alguns pesquisadores preferem classificar esses peixes como ovovivíparos e como vivíparos somente algumas raras espécies, entre eleas o Tralhoto ou Quatro0 Olhos, onde os filhotes desse peixe nascem com uma aparência ainda mais próxima dos adultos e quando dentro da mãe, não possuem estrutura dos ovos.

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