quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CIANOFÍCIA : O que é e como combater

As algas são, sem dúvida, o pior pesadelo para quem possui um aquário plantado. Entre uma das mais comuns de se desenvolverem no aquário é uma bactéria fotossintetizante: a Cianofícea, ou Cianobactéria.
As Cianofíceas são seres primitivos e bem resistentes, unicelulares ou organizadas como filaments. Podem ser encontradas em diversos ambientes e suportando situações extremas, desde intenso calor a intenso frio, ambientes secos, úmidos, na água doce ou salgada, contudo, são mais frequentes em água doce.
São também conhecidas por algas azuis, porque no início pensava-se que eram algas, devido a sua capacidade fotossintetizante. Azuis porque o primeiro exemplar catalogado era dessa coloração, apesar de serem encontradas em diversas cores. Seus pigmentos estão relacionados aos tipos de clorofila utilizados na fotossíntese.
São de aparência gosmenta e gelatinosa. Possuem toxinas utilizadas para espantar e causar danos a possíveis predadores. No entanto, quando em grandes quantidades podem poluir mananciais de água com suas toxinas, causando odor desagradável na água e deixando um gosto marcante. Suas toxinas atacam o fígado e o sistema nervoso, hepato neurotoxinas, respectivamente.
Como descrito acima, não e dificil identificá-las: em aquários, geralmente apresentam cor verde escuro, apar~encia gelatinosa e odor forte semelhante a mofo.
Embora não se possa afirmar categoricamente que suas toxinas causem danos aos peixes, deixam o aquário com uma aparência muito desagradável e prejudicam o crescimento das plantas. Como aderem a qualquer superfície, cobrindo tudo como uma espécie de capa, acabam por sufocar as plantas, que aos poucos morrem.

Como se reproduzem?
De forma asexuada, por cissiparidade, ou seja, a célula se divide formando duas células, ou ainda liberando esporos quando organizadas como filamentos. Os esporos são chamados de acinetos. Liberam-se da colônia mãe e dão origem à uma nova colônia quando encontram um local propício.

Como aparecem no aquário?
São amplamente beneficiadas por desequilíbrios de nutrientes na coluna de água, geralmente causados por uma manutenção deficiente e má qualidade da água resultante da manutenção fraca. Um indício de que a má qualidade da água favorece ao surto de cianoficeas é que em locais onde há oferta de luz, fósforo, nitrogênio e outros poluentes orgânicos, podem ser encontradas em profundidades consideráveis.

Como combatê-las?
A melhor maneira é a prevenção, um aquário com manutenção adequada e equilíbrio de nutrientes dificilmente sofre com surtos dessa bactéria. Caso o surto já esteja em estado avançado e haja a necessidade de se elininar a colônia em poucos dias, utiliza-se antibióticos.
Como ficam as bactérias do filtro biológico? As cianoficeas são classificadas como gram-negativas. Já o filtro biológico apresenta bactérias tanto gram positivas quanto gram negativas. O tratamento afetará as gram negativas. Desse modo, nem todas as bactérias são perdidas. Mesmo assim, deve-se ficar atento á possibilidade de um desequilíbrio biológico. Por isso, é importante monitorar, através de teste químico, a concentração dos compostos nitrogenados mais tóxicos para que não afete os peixes.
No tratamento serão utilizadas cápsulas de 250 mg de Eritromicina (nome comercial: Ilosone ou Eritrex) para cada 100 litros de água. O medicamento deve ser adquirido em forma de cápsulas, devendo ser evitada a forma líquida ou comprimidos revestidos, pois estes contêm corantes entre outras susbstâncias que não serão bem vindas. Caso não encontre o medicamento na forma adequada, pode-se manipular em farmácias especializadas. Portanto, calcule a quantidade de água do aquário, multiplique o comprimento pela largura e depois pela altura em centímetros, divida o resultado por 1000 e terá o valor em litros, lembre-se de descontar a áreal ocupada por substratos e objetos de decoração no momento de inserir as medidas.

A Eritromicina é de difícil solubilidadde. Por isso, a sugestão para dissolvê-la é:
Triture bem o antibiótico
Pingue umas gotas de água sobre o pó
Faça uma pasta como o material
Vá despejando mais água para dissolver o máximo possível do comprimido
Utilizar água morna pode ajudar

Quanto melhor dissovido, melhor será o resultado.

Durante três ou quatro dias, aplique a dosagem recomendada. Não esqueça de remover a filtragem química. Ao final do tratamento, efetue uma troca de água de 50% e volte a adicionar o material de filtragem química, seja carvão ativado ou resina.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ALGAS

É impossível impedir o aparecimento de algas no aquário, por mais cuidados que você tenha, elas sempre acabam aparecendo, às vezes, ficam até ornamentais no aquário, por exemplo quando algas verdes filamentosas se fixam a uma pedra e a cobrem toda parecendo um tapete natural de veludo, mas às vezes elas são os "bandidos", crescendo sobre as plantas e consequentemente matando-as sufocadas e impedindo que a planta receba luz, mas o que devemos fazer para evitá-las ou ao menos impedir que elas tomem conta do aquário? Essa é a grande questão...



Algas Azuis
Essas algas normalmente cobrem as plantas, pedras e o solo por uma camada de gordura indo do azul-esverdeado até o castanho-escuro, a água do aquário fica com cheiro de mofo, elas aparecem normalmente em aquários que ainda não estão estabilizados, mas podem aparecer em aquários antigos também quando há excesso de alimento, se a água da rede de onde você mora for rica em nitratos e você não fizer mudanças frequentes de água. Para acabar com essas algas no aquário, faça trocas de água mais frequentes, em torno de 20% do volume total por semana, , remover com as mãos mesmo as algas que estiverem nas plantas, pedras e no solo e dos vidros com uma esponja. A sifonagem do fundo será muito importante para a retirada de detritos em decomposição, a introdução de animais que comem algas também ajuda.

Algas Verdes
São as mais comuns, são pequenos pontos verdes nas pedras e nos vidros. Quando elas aparecem é sinal que o aquário está em boas condições, mas tudo que é em excesso é ruim. Desta forma, não a deixe passar de alguns simples pontos verdes no vidro traseiro e nas pedras. Elas aparecem por excesso de luz, e em função de uma grande concentração de nitratos e fosfatos. Frequentes trocas de água e a diminuição da intensidade de luz, muitas vezes já são suficientes para resolver o problema. Peixes que comem algas não costumam comê-las.

Algas verdes membranosas
Essas algas lembram uma espécie de membrana que cresce sobre as folhas das plantas, são ocasionadas por excesso de intensidade luminosa, a grande concentração de nitratos e fosfatos também contribuem para o seu desenvolvimento. Essas algas são facilmente controladas com a aquisição de animais que comem algas e com a diminuição da intensidade luminosa. Elas também podem ser removidas das folhas das plantas usando-se as mãos, pois se soltam facilmente.

Algas verdes filamentosas
Essas algas também são conhecidas como "algas peludas", muitas vezes são um grande pesadelo para quem tem um aquário plantado, pois se fixam nas plantas matando-as sufocadas e impedindo a captação da luz. Por outro lado, quando eleas se fixam nas pedras, ficam até ornamentais, lembrando um tapete natural de veludo. Os peixes que comem algas, dificilmente se alimentam dessas algas. Uma alta concentração de nitratos e fosfatos são um das principais causas, onde a solução é fazer trocas parciais de 20% da água do aquário, semanalmente, diminuir o período de iluminção e cortas as folhas das plantas que estão infectadas.

Algas rodófitas
Também conhecidas como algas marrons, são pequenos pontos marrons que lembram ferrugem e se alojam nas plantas, pedras, solo e nos vidros. O principal motivo do seu aparecimento é a quantidade insuficiente de luz. Você pode notar que elas sempre aparecem nos locais menos iluminados do aquário. Outro fatora que também contribui para o aparecimento dessas algas é uma concentração de nitratos muito alta. Para acabar com essas algas, normalmente o aumento da intensidade de luz ou do período de iluminação são suficientes. Animais que comem algas também podem ajudar.

A IMPORTÂNCIA DA QUARENTENA

Todo peixe está susceptível a doenças e as adiquire com certa facilidade no aquário, quando ocorre a baixa de sua resistência devido a algumas circunstâncias como, transporte, variação nos parâmetros da água, má qualidade da água, incompatibilidade de peixes, entre outras. Nas lojas como os peixes encontram-se expostos, estes apresentam maior tendência a contrair doenças e por isso não podemos introduzí-los diretamente em nossos aquários, estabilizados e livres de parasitas. Antes de introduzí-los, devemos dar um período para que possíveis doenças se manifestem antes e assim, possamos tratá-las. Esse período é chamado de quarentena e o aquário onde se passa esse período, chamamos de aquário-quarentena.
Como o peixe permanecerá por um tempo considerável nesse aquário, devemos ter todo o equipamento necesário para manutenção dos peixes, tais como filtros, aquecedores e etc. A única diferença do aquário-quarentena para o aquário principal, é a falta de ornamentos, substratos, etc. Isso, para facilitar sua manutenção e limpeza. Ele também não deve ser muito pequeno, deverá ter pelo menos uns 50 litros.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

NUTRIENTES NECESSÁRIOS AO AQUÁRIO PLANTADO

As planta aquáticas só podem absorver os nutrientes sob a forma iônica, com exceção do dióxido de carbono. Os ions são formados a partir da quebra de ligações eletrônicas que unem as partículas.
Antes de começar a falar sobre os principais nutrientes, é preciso lembrar da Lei de Liebig (Lei dos Mínimos), que basicamente diz que de nada adianta manter em níveis aceitáveis a condição dos nutrientes se apenas um deles não está presente em quantidade suficiente. Em outras palavras: na falta de um, os outros não servem para nada.

DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)
De todos os nutrientes, o gás carbônico é o mais importante para as plantas. A explicação disso é simples: esse gás é a fonte primária de carbono na síntese da glicose, que acontece na fontossíntese. O carbono é utilizado na produção de carboidratos, que têm como função liberar a energia química utilizada no metabolismo das células e do organismo em geral.
Em ambientes aquáticos a quantidade de gás carbônico é maior do que na atmosfera devido à retenção do gás carbônico liberado pela respiração dos seres vivos. É sabido por todos que o verdadeiro "pulmão do mundo" nunca foi a floresta Amazônica e sim os mares, rios e lagos, que são responsáveis por 90% de todo o oxigênio lançado na atmosfera. Toda essa atividade fotossintetizante deve-se à maior concentração de CO2 nesses locais.
Ao contrário das plantas terrestres, onde a absorção de CO2 é feita através de estruturas especializadas, os estômatos, nas plantas aquáticas a absorção do gás é feita por difusão, por toda a superfície da planta. Por isso sua absorção é muito mais eficiente.
Quando a quantidade de CO2 não é suficiente, as plantas de rápido crescimento são as mais prejudicadas. Primeiro ficam com as folhas amareladas que, posteriormente, caem.
Além de ser um nutriente fundamenta, o dióxido de carbono tem a função de manter a reserva alcalina. Quando sua concentração é baixa, algumas plantas passam a abtê-lo dos bicarbonatos presentes na água, o que causa um aumento no pH devido à dissociação química que gera, além de gás carbônico, ânions OH-. Esse fenômeno é chamado Descalcificação Biogênica. É certo que isso não ocorre em aquários com poucas plantas, onde normalmente a concentração de CO2 presente já é suficiente.
O aumento do pH provocado pela descalcificação biogênica é o indicador mais simples de que as plantas precisam de mais CO2. Essa demanda de gás carbônico pode ser facilmente suprida através da injeção do gás pelos métodos já conhecidos. Mas é importante que o gás seja dissolvido na água para o seu melhor aproveitamento. Para isso, basta que se use um reator simples.

NITRATOS E FOSFATOS
Esses são os nutrientes básicos dentro de um aquário. Nitratos (NO3) fornecem grande parte do nitrogênio utilizado pelas plantas na síntese de moléculas de proteínas. Já os fosfatos (PO4) são utilizados em pequenas quantidades nos processos que exigem transferência de energia. Apesar de sua importância, a preocupação do aquarista em relação a esses nutrientes está no controle para que seus níveis não estejam em excesso. A quantidade de nitratos e fosfatos em qualquer aquário onde estejam pelo menos alguns peixes é mais do que necessário para o desenvolvimento de qualquer planta, onde estes nutrientes devem ser retirados do aquário periodicamente através das trocas parciais de água.

MICRONUTRIENTES
São os nutrientes necessários em concentrações muito pequenas na água do aquário. Embora sua quantidade seja pequena, sua importância é enorme, são imprescindíveis para o desenvolvimento das plantas. Exemplos são: ferro, manganês, cobre, molibdênio, zinco, boro, cobalto, alumínio, titânio, entre vários outros.
No aquário, a ação das bactérias sobre os dejetos, os restos de alimentos, etc, é suficiente para suprir a necessidade de micronutrientes. Porém, o ferro e o manganês ficam fora disso. O primeiro deve ser adicionado esternamente e o segundo é oxidado muito rapidamente passando para a forma insolúvel em pouco tempo. Para suprir sua necessidade, esses dois devem ser adicionados regularmente através de fertilizantes líquidos específicos.
É preciso lembrar que, apesar de todos sabermos disso, o excesso de fertilização é tão prejudicial quanto à escassez. Grande parte dos miconutrientes é tóxica em determinadas quantidades, tanto para peixes quanto para plantas.

FERRO
O ferro é talvez o micronutriente mais importante no aquário. Tem papel fundamental na fotossíntese. Porém só pode ser absorvido sob a forma de íon ferroso (Fe2+). Em contato com a água, o ion ferroso oxida passando para ion férrico (Fe3+) que também pode ser absorvido pelas plantas, mas precipita quase que instantaneamente sob a forma de óxido de ferro, a nossa velha conhecida ferrugem, que não serve para nada no aquário.
Uma forma pela qual o íon feroso permanece sob essa forma na água é através da ação de ácidos orgânicos queladores que impedem a oxidação do íon Fe2+. Porém a concentração desses ácidos é, na maioria dos aquários, insuficiente. Troncos, turfa, e materiais semelhantes aumentam a concentração de ácidos ogânicos na água, porém ainda assim sua quantidade não é bastante. a explicação é simples: esses ácidos possuem maior afinidade por outros íons, que são mais reativo que o ferro. Íons como cálcio, o magnésio, o potássio e o manganês são fixados muito antes do ferro. Por isso, a quantidade insuficiente de ácidos orgânicos tem pouca chace de quelar o íon ferroso antes que este oxide.
Problemas com a absorção de ferro podem, portanto estar relacionados à carência de íon ferroso, à falta de ácidos orgânicos ou ainda ao excesso de outros minerais.
Para driblar esse problema de fixação de Fe2+, utiliza-se o ácido etilendiaminatetracético (conhecido como EDTA) que é um excelente quelador adicionado aos fertilizantes.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

REPRODUÇÃO

A grande maioria dos peixes são ovíparas ou seja, a fêmea libera os ovos que são rapidamente fecundados pelo esperma ativo do macho, outros possuem fecundação interna, como os peixes viviparos. A cor tem uma função muito importante na reprodução dos peixes, sendo que os machos possuem a coloração mais forte do que as fêmeas, na maioria dos casos.

Entre os peixes ovíparos, estão os que liberam ovos e os que contrõem ninhos.

Peixes que liberam ovos
Depois de formado um casal ou um grande grupo de peixes, estes simultaneamente soltam os ovos na água que são rapidamente fecundados pelo esperma dos machos. O número de ovos geralmente é grande pois a mortalidade entre os alevinos é grande e ainda correm um sério risco de serem devorados pelos pais e por outros peixes. Os ovos neste tipo de reprodução chegam facilmente à casa dos milhões em algumas espécies. Alguns peixes que se enquadram nesse perfil são os Tetras.

Peixes que controem ninhos
Depois do namoro e formação dos pares (a maioria das epécies é monogâmica), o macho geralmente contrói um ninho que pode ser feito de um buraco escavado por ele no substrato e depois limpo pelo casal. É aí que a fêmea põe os ovos que são vigiados pelos pais que se tronam um tanto agrassivos, impedindo com grande ferocidade a aproximação de intrusos. Os peixes que constroem ninhos no substrato ou pedras, geralmente pertencem`à família dos ciclídeos como o Óscar, a Zebra etc.

Outros peixes como o Betta, pertencente à família dos anabantídeos ou labirintídeos, constroem ninhos de bolhas (feito com a saliva do macho). Depois de feito o ninho, o macho atrai a fêmea e a envolve num anel chamado de abraço nupcial, é depois desse abraço que a fêmea libera os ovos que são rapidamente recolhidos pelo macho e colocados no ninho.

Após a desova o macho expulsa a fêmea do local e fica vigiando a cria. Entre os peixes que constroem ninhos de bolhas estão o Betta, o Beijador, Tricogasters, Colisa, Peixe do Paraíso e etc, que pertencem a família dos anabantídeos.

A desova dos peixes que constroem ninhos também tem um número bastante extenso mas o fato de estarem aglomerados, facilita a fecundação e a sobrevivência é maior devido ao cuidado dos pais, por isso pode ser um pouco menos que no caso dos demais.

Mas nem todas as espécies de peixes se reproduzem da mesma forma. É certo pensar que a maioria das espécies é ovípara mas existem algumas exceções. Neste caso, estamos falando principalmente dos peixes que pertencem à família dos Poecilídeos (Lebistes, Platis, Molinésias, Espadas, Gupies, etc.).

Esses peixes são vivíparos, tendo um dimorfismo sexual bem acentuado. Geralmente as fêmeas são maiores que os machos (cerca de 20%), e não são tão bonitas quanto eles que por sua vez são mais coloridos e atraentes. Os machos possuem uma forma modificada de nadadeira anal (gonopódio), que atua como órgão copulador.

As fêmeas são capazes de guardar o esperma ativo dos machos no ovioduto o que explica a sua reprodução sem a presença do macho para uma nova cópula. A cada cópula as fêmeas não utilizam o esperma reservado, mas sim o da cópula presente. Nesse tipo de reprodução, os óvulos são fertilizados no interior do corpo da fêmea, onde os filhotes recebem também os nutrientes necessários direto da corrente sanguínea da mãe. Os filhotes rompem então a membrana do ovo ainda dentro da mãe e se dirigem para a região urogenital da mesma na hora do nascimento. Em algumas espécies a gestação das fêmeas dura de 20 a 30 dias. Mas é bom deixar claro que não existe nenhuma espécie de placenta nesses peixes.

Alguns pesquisadores preferem classificar esses peixes como ovovivíparos e como vivíparos somente algumas raras espécies, entre eleas o Tralhoto ou Quatro0 Olhos, onde os filhotes desse peixe nascem com uma aparência ainda mais próxima dos adultos e quando dentro da mãe, não possuem estrutura dos ovos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ALIMENTAÇÃO DE CICLÍDEOS AFRICANOS

Nem todos os CAs (ciclídeos africanos) alimentam-se da mesma forma, suas exigências nutricionais podem variar de acordo com a categoria que ocupam: predadores, onívoros e herbívoros. Para os predadores, uma refeição variada, com base em altos níveis de proteínas e bastante adequada. Para os onívoros uma alimentação que tenha por base, proteínas e vegetais é a mais adequada, afinal são peixes que aceitam se alimentar de tudo. Uma boa diversidade de alimentos, ou seja, um pouco de tudo é o ideal. Para os herbívoros, uma alimentação a base de vegetais é o ideal.

Existe ainda uma sub-categoria dentro da categoria dos herbívoros que se alimentam principalmente de vegetais, visto que estes, como complementação de suas dietas também se alimentam de comidas que contenham altos níveis de proteína animal, ressaltando que este tipo de alimentação somente devem ser fornecida como complemento, visto que a base de sua alimentação será de vegetais.

Para os CAs propriamente herbívoros, oferecer alimentos com altas quantidades de proteína animal não é recomendado nem como complemento. A Spirulina é um bom exemplo de ração que deve ser oferecida a estes CAs.

Os CAs têm o trato digestivo muito sensível. Facilmente nele poderão adquirir enfermidades, devido a ingestão de alimentos inadequados. Não deverão ser oferecidas grandes quantidades de alimentos, sendo aconselhável oferecer pequenas quantidades várias vezes ao dia.

Rações de bolinhas não são indicadas, no intuito de evitar que estas estufem no interior do aparelho digestivo dos CAs. Caso estas sejam utilizadas, devem ser colocadas em um vasilhame com pequena quantidade de água do aquário antes de serem oferecidas aos CAs, pois assim estas já estarão inchadas antes de serem oferecidas.

Rações em flocos são as mais indicadas, pois são de fácil digestão desde que oferecidas em pequenas quantidades.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

MICROVERMES


Panagrellus redivivus
O microverme, um minúsculo, quase sem cor, verme Nematóide, pode
ser achado em diversas literaturas referentes ao aquarismo sob diferentes nomes científicos como por exemplo: Turbatrix aceti, Anguillula aceti, Anguillula silusia, e mais recentemente, Panagrellus redivivus.

O popularmente chamado “microverme” tem um nome bem escolhido
para ele, uma vez que possui menos de 2,5mm de comprimento. Ele é tão pequeno de se ver que é difícil distinguir um único indivíduo a olho nú; ele é melhor visto como uma massa subindo pelas paredes do recipiente da cultura ou em uma cultura já maturada é possível ver angulando a cultura contra a luz pela sua tremulação sobre a superficie da cultura onde normalmente existem milhares deles (ou mesmo milhões). O seu pequeno tamanho o faz excelente alimento para alevinos muito pequenos de peixes ornamentais sendo uma rica fonte de proteína.
Os microvermes tem um método pouco usual de reprodução, eles são de fato ovoviviparos. A imensa maioria dos vermes recêm-nascidos é composta de fêmeas, o que potencializa a cultura a crescer rapidamente em número de indivíduos.

Uso dos Microvermes
O pequeno tamanho desse alimento vivo o faz um alimento ideal para
alevinos como já foi dito acima. Um exemplo típico de sua utilização é oferecer microvermes pela manhã e náuplios de artemia à noite. Devido ao seu diminuto tamanho, não é possível ou prático se oferecer microvermes a peixes adultos.

Recipientes para a Cultura
Pequenos potes plásticos brancos são ideais para acomodar as culturas.
O tamanho pode ser de cerca de 10cm e não é necessário que sejam muito profundos uma vez que serão acomodados utilizando uma profundidade de apenas 2cm. A razão pela qual é desejável que os vasilhames sejam de cor clara é a facilidade maior de visualizar e coletar os indivíduos para oferecer aos peixes quando estes sobem pelas paredes do recipiente sob a forma de pequenas massas. (O tradutor tem obtido melhores resultados em recipientes rasos de margarina ou manteiga desses que se acham facilmente em qualquer supermercado e que todos nós normalmente temos em casa, mas os mesmo devem estar bem lavados e totalmente livres da margarina ou manteiga).

Método de Cultivar
Uma cultura de inicialização pode ser obtida de algum aquarista conceituado ou piscicultura que normalmente as tem para a venda através da Internet, ou de um aquarista amigo.
Ao contrario dos Vermes de Grindall ou das Enquitreias, os microvermes não são cultivados em um solo ou turfa composta; eles literalmente moram na sua própria comida. Esta comida é a farinha de aveia(que o tradutor acha mais fácil diluir em água), ou aveia em flocos finos a qual se deixa empapar em água esperando um pouco para para que essa possa ser absorvida pelos flocos. A pasta final (aveia+água) deve ter a consistência do mel, ou no máximo da pasta de dentes, essa consistência deve permitir que os vermes se movimentem livremente pela massa da cultura.
Para fazer o meio da cultura deve-se proceder da seguinte forma: Despeja-se farinha de aveia em um recipiente de plástico ou de vidro e aos poucos vai se adicionando a água até ficar na consistência do mel, se ficar ralo demais acrescenta-se um pouco de aveia, se espesso demais , coloca-se mais água até atingir a consistência ideal.
Depois vai-se distribuindo a massa final nos recipientes finais até atingir uma profundidade de 2cm (O tradutor recomenda que se faça assim pois tem obtido maior sucesso).
Pinga-se 2 gotas de Vitagold, polivitaminico utilizado para aves, pois as vitaminas serão absorvidas pelos vermes tornando-os um alimento ainda mais nutritivo.
A cultura inicial de microvermes é então adicionada a esta pasta. Guarde a cultura em local escuro pois os vermes não se dão bem em abiente claro, a temperatura ideal está entre 23° a 26°.
Temperaturas menores serão toleradas embora os vermes sob essas condições se reproduzirão menos rapidamente.
Em dois dias a superfície da cultura poderá ser vista se movendo, e com
o auxilio de uma lupa poderão ser vistos os centenas de pequenos vermes que estarão à tona.

Coletando e Renovando a Cultura
Os vermes não deverão ser coletados até que eles sejam vistos em massa subindo pelas paredes do recipiente. A coleta pode ser auxiliada por um pequeno pincel comum de artista que é delicado o suficiente para coletar a massa sem tocar no meio da cultura que possui aveia e que poderia poluir a água do aquário.
Ofereça aos alevinos chacoalhando o pincel com os microvermes em um
pequeno recipiente com água e depois servindo aos alevinos jogando essa água no tanque deles. Os pequenos microvermes serão vistos descendo para o fundo do aquário e mesmo antes já serão devorados pelos alevinos que os adoram como alimento. Após alguns minutos será possível observar (quem tem bom olho ou com um auxilio de lupa) centenas de microvermes tremulando no fundo do aquário e levam muito tempo para morrer quando lá estão. Os alevinos nesse momento estarão próximos ao fundo catando esses microvermes que estão no chão do aquário.
Lembre-se de novo :nunca coloque o pincel dentro da cultura de microvermes para servi-los pois isto poluiria a água do aquário com a aveia da cultura, o que pode matar os sempre frágeis alevinos.
Microvermes são quase tão fáceis de engolir pelos alevinos quanto os
nauplios de artêmia, fazendo deles uma boa alternativa para serem oferecidos aos alevinos alternando com os nauplios. É possivel manter uma cultura produtiva por até duas semanas e é fortemente recomendado que se tenha várias. Se perceber que a superfície da cultura está ficando seca, borrife um pouco de água com um borrifador de plantas. Abra a cultura diariamente para que haja uma renovação de ar nela.
Culturas que estão progredindo bem possuem um ligeiro cheiro doce e
limpo. Culturas velhas possuem um cheiro forte de cerveja, indicando já forte fermentação, e possuem uma coloração escura, quando chegam nesse estágio, apesar de haverem ainda muitos vermes, eles param de subir pelas paredes do recipiente. Como já foi dito antes, é necessário que se tenham várias culturas e de preferência que se faça uma nova a cada semana. Culturas já maturadas e sem aparente função não são inúteis. Basta manter-las abertas que moscas do genero Drosophila depositarão seus ovos nela e irão nascer centenas de larvas delas que parecem uma espécie de verminho maior, e gordinho e podem ser oferecidas aos peixes adultos uma vez que são extremamente nutritivas.