quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A ÁGUA

A boa qualidade da água é o segredo do sucesso no aquarismo, uma vez que a maioria dos peixes depende completamente dela para sobreviverem, incluindo alimentação, respiração e reprodução. Deste modo, todo o sistema estará comprometido caso a água não esteja limpa e compatível com os espécimes mantidos.
A água utilizada em aquário na verdade é uma solução de sais minerais e outras substâncias em água, e não apenas H2O. Dependendo da concentração de cada substância, variam características como pH e dureza.
A água utilizada em aquário é proveniente principalmente dos rios e lagos, que correspondem a cerca de 3% da água do planeta. Dessa pequena quantia, grande parte está comprometida devido à poluição, razão pela qual deve-se tomar cuidado com a água a ser posta no aquário. Se poluída, ela poderá trazer danos irremediáveis.
Aconselho utilizar água a mais pura (sem poluentes) possível, de preferência de poços artesianos. Água da chuva é boa apenas em regiões de ar não-poluído e após algum tempo chovendo, uma vez que a chuva, ao cair, arrasta consigo partículas do ar que podem contaminá-la. Em caso de utilização de água de torneira, deve-se tomar o máximo cuidado com o cloro, uma vez que é altamente tóxico para os peixes, matando-os em cerca de uma a duas horas. No mercado, há kits capazes de testar e retirar o cloro da água, os quais são recomendados. Basta misturar o anti-cloro com a água e em cinco minutos, esta já está livre do cloro.
pH
O potencial hidrogeniônico, mais conhecido como pH, mede a alcalinidade de um meio. Sua escala vai de 0 a 14. Entre 0 e 7, o pH é ácido, 7 é neutro e entre 7 e 14, alcalino (básico). Pode ser calculado pela fórmula: pH = colog[H+], onde [H+] é a concentração dos cátions H+ na solução.

Cada espécie aquática tem um pH considerado ideal, onde ela exerce todas as suas atividades sem problema algum. Isso não quer dizer que uma espécie, se colocada em um pH diferente do seu ideal, irá perecer. Na realidade, pouquíssimas mortes de peixes são causadas por pH. Nesse tópico, o que é perigoso é a sua variação, mesmo que seja retirando um espécime de um pH e colocando-o no seu ideal.
Deste modo, caso você tenha um peixe em um pH não-ideal, é preferível deixá-lo onde está (caso ele esteja vivendo bem) a tranferi-lo para uma água de pH ideal sem cuidado algum. Caso tenha que transferir um peixe, faça o seguinte:
Ponha-o em um saco, com a água do aquário onde ele está;
Deixe o saco boiando por 5 minutos na nova água (para que a temperatura possa se equalizar);
Ponha lentamente (a cada 5 minutos) um pouco da água nova no saco onde o peixe está;
Quando o saco já estiver cheio, solte o peixe.
Esse processo lhe assegurará uma mudança lenta e gradual do pH para o peixe, livrando-o de possíveis seqüelas, sendo válido também para peixes recém-adquiridos.

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